quinta-feira, 16 de maio de 2013

Restaurantes em Madrid - Punto MX (1 de 5)


Para comer bem, qualquer pretexto serve. Desta vez foi a arte que nos levou a Madrid, para ver uma exposição do camaleónico pintor (e falsificador) Elmyr de Hory, que pintava “à maneira” de Picasso ou Degas (para citar apenas 2 pintores) enganando reputados especialistas e museus. Crê-se que ainda existirão obras por ele pintadas penduradas nas paredes de vários museus, que não querendo correr o risco de se descredibilizarem preferem manter as falsificações como originais!!

Ainda no Circulo de Bellas Artes de Madrid, onde estava esta exposição, conhecemos o trabalho de Maria Bonomi, gravadora italo-brasileira, que inclui não só as xilografias, mas também as matrizes em madeira que lhes dão origem. Ainda importante na sua obra é a transposição que faz do seu trabalho de gravação e xilografia para obras de arte pública, extremamente interessantes.


E pronto, no que toca a Arte da que se vê e conhece em museus, foi tudo.


Depois, passeámos muito – Madrid é uma cidade monumental – e fomos conhecer peças da outra Arte que tanto apreciamos – a Gastronomia.


Em 3 dias conhecemos 5 restaurantes, 4 deles muito relevantes, o outro, sem ser sensacional, foi uma experiência interessante.



Falemos então do 1º restaurante a que fomos

Espanha tem essa qualidade fantástica de servir almoços até às 4 da tarde (pelo menos assim é em Madrid) o que nos permitiu ir num voo a horas não muito madrugadoras e chegar a tempo de ir almoçar, cerca da 3 e meia da tarde, no restaurante que para o crítico Carlos Maribona, é o melhor restaurante mexicano fora do México, o Punto MX (http://www.puntomx.es).

Com uma lista de espera de pelo menos 1 mês e decepcionados, por não termos conseguido uma reserva para jantar, arriscámos aparecer ao almoço e … conseguimos uma mesa na sala do piso térreo, a Barra – não é a sala principal, mas não se perde nada.


O conceito é COMPARTIR e eis o que partilhámos:



  • Guacamole – sem palavras; o melhor que já comi.
  • Quesadillas de huitlacoche – finalmente comi huitlacoche, um fungo do milho, que os americanos de origem mexicana muito utilizam, e que aparece com frequência no cesto de ingredientes-mistério do programa Chopped na Food Network. Estavam excelentes!
  • Cebiche de langonstinos – belíssimo!
  • Salpicon Wagyu – que carne maravilhosa; confecção perfeita.
  • Enchilladas de carnitas iberico – não sabia que as enchilladas podiam ser tão boas! Absolutamente maravilhosas.

Em suma, todos os produtos são de altíssima qualidade e a confecção e apresentação dos pratos é irrepreensível. Pela primeira vez percebi o interesse e o valor da comida mexicana e não posso comprovar se o Punto MX é o melhor mexicano fora do México, porque só conheço mexicanos em Lisboa, mas que está a milhas de qualquer um destes, isso, sem sombra de dúvida.

Uma refeição inesquecível, acompanhada de mezcaliñas - cocktails de mezcal e frutas – e de cerveja de pressão. 


As mezcaliñas são obrigatórias. Segundo eles têm o  
primer Mezcal Lab de España con cocteles inspirados en recetas tradicionales (...)
Ficámo-nos por 2, uma cada um de nós, mas apetecia provar todas as variedades. São feitas com frutas frescas e para além de saborosas, são apresentadas de forma elegante e bonita.


A sala onde ficámos (foto do site do Punto MX)
Ficar no piso térreo, na Barra, não teve qualquer inconveniente, bem pelo contrário, Sala com iluminação natural, bem decorada de forma original, e a lista, não sendo igual à que está disponível na sala principal, é representativa da oferta e do carácter do restaurante. Do que vi na lista principal, nada de fundamental faltava na lista da Barra.

Foi uma revelação das especificidades e da qualidade dos produtos e pratos da cozinha mexicana. A repetir … várias vezes!

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