Foto do site da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa |
O restaurante não é muito grande, mas não é por isso a maior
dificuldade. O que tanto atrai é que temos o Chefe Nuno Diniz, uma ementa muito
original e um preço para toda a refeição incluindo as bebidas (água e um copo
de vinho), pão e azeite e um aperitivo, por apenas 15 euros por pessoa. Assim, à
partida já promete, mas depois da refeição conclui-se que é uma relação preço /
qualidade imbatível. Imbatível porque o preço não é muito elevado e a qualidade
é altíssima.
Já referi a originalidade da ementa, mas isto juntam-se,
grande qualidade dos produtos, execução irrepreensível, empratamento adequado realçando
os diversos elementos presentes no prato, e sabores fantásticos!
Infelizmente não tenho a ementa de hoje o que é pena porque todos
os nomes dos pratos mencionam uma ou duas cidades que o inspiraram estando patente a sua originalidade. Por isso
aqui fica de de memória e com os detalhes possíveis:
- começamos com hummus que escondia aquilo a que chamei um pastelinho mas que quando comi percebi que era alheira, das melhores que já provei – de Boticas conforme o Nuno nos disse – acompanhado ainda por um puré de castanhas, macio e de sabor subtil mas a não deixar dúvidas quanto à presença das ditas;
- seguiu-se um yakitori de camarão com legumes, com uma profusão de sabores, todos eles a complementarem-se e a serem realçados por um ligeiro picante, acompanhado por noodles;
- veio depois uma canja de bacalhau com uns legumes cortados quase em tamanho microscópico, mas que davam sabor e cor, escondida por uma tampa de massa folhada – para além de muito boa, a apresentação é original (esta sopa referenciava as cidades de Lisboa e Lyon);
- finalmente, ainda foi possível aumentar a originalidade, e tivemos um prato de línguas de borrego com flocos de aveia, belíssimo!!
- A sobremesa manteve o padrão de qualidade e originalidade: um parfait de abóbora acompanhado de gelado de marmelo - delicioso, consistência perfeita – frutos vermelhos sobre creme de marmelo, e micro-quadrados de marmelada. Uma combinação para mim inesperada mas a resultar muito bem, pois o marmelo nas várias preparações “animou” o parfait que sozinho poderia ficar monótono.
Uma palavra quanto ao serviço. Muito simpático, mas é pena não apresentarem os pratos ou pelo menos dizerem os seus nomes, pois não são fáceis de recordar, e é interessante sabê-los para perceber as influências e referências que os pratos nos querem trazer.
O serviço de vinhos não teve falhas, o vinho estava a uma temperatura aceitável. Bebemos o vinho incluído no menu - Cerejeiras Vinho Regional Lisboa Branco da Quinta das Cerejeiras (2012) - que não se "intrometeu" e como tal cumpriu, sem mais. Agora os copos, são de desastre!! Infelizmente ficámos a saber que a minha ideia de falar com uma marca de copos para patrocinar estes almoços disponibilizando copos adequados, não é viável. Pelos vistos, ter patrocínios é visto como pouco ético, suborno ou algo parecido. Não percebo, mas parece que é assim. Pena, mas não é isto que nos vai fazer desistir. Já temos reserva para o almoço da próxima semana!
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