quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Choco frito

Gosto muito de choco frito, mas deslocar-me a Setúbal é algo que não faz parte da minha rotina diária.

Foi pois com alegria que, numa das nossas deambulações por Lisboa, e dentro do nosso habitual espírito gastronomicamente aventureiro, descobrimos ali ao pé do Rato, ou seja, muito perto de casa, aquele que será provavelmente o melhor choco frito de Lisboa, ou pelo menos um dos melhores.

Choco de qualidade, polme perfeito, muito boas batatas fritas a acompanhar, e um preço inbatível (uma dose para dois custa 13 euros).

Como entradas há (nem sempre) rissóis e chamussas muito boas.

A escolha de vinhos é fraca, eu tenho-me ficado pela imperial.

Quanto ao resto da oferta do restaurante, está por experimentar - comemos sempre o choco frito, com uma única excepção em que complementámos com um naco na pedra, que veio com carne de qualidade aceitável, sem mais.

O nome do restaurante é Sabores do Rato e fica mesmo à entrada da Rua do Sol ao Rato, no sentido ascendente. Acho que têm página no Facebook.

(um dos empregado, por sinal bastante simpático, é adepto do fcp, mas mesmo isso não constitui problema)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Há sempre uma primeira vez...

... e ontem pela primeira vez comi lagosta numa das suas receitas mais célebres e canónicas - Lagosta Thermidor.

Foi no Monte Mar, e devo dizer que era excelente a lagosta e boa a execução da receita - uma ligeira falha no gratinado, que tinha uma pequena parte com um ligeiro toque de queimado, nada que estragasse o prato, mas não deixa de ser uma falha.

Antes comeram-se umas boas amêijoas "à espanhola" - amêijoas boas, embora não excelentes, mas o molho estava óptimo.

Após a lagosta experimentámos uma posta mirandesa, muito boa, mal passada como pedido, carne suculenta, uma outra pequena falha - havia uma parte mais alta da carne que estava fria por dentro. Muito bom o molho e as batatas fritas.

Finalmente, trouxas de ovos, boas, e uma musse de avelã que estava boa mas não era uma musse, e sim um semi-frio com avelã no meio e chocolate à volta.

Serviço correcto embora com algum excessivo à-vontade, o que talvez se explique pela enorma percentagem de clientes habituais que estavam na sala.

No cômputo geral, um almoço muito bom, a preço justo -- tornado mais suave pela pré-adquirida senha de desconto da Time Out.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Colares 1955 - Caves Visconde Salreu





Surpresa 1: Ao retirar a cápsula, não havia rolha! Estava dentro da garrafa. Temeu-se o pior ...














Surpresa 2: Atendendo à idade e à rolha fora do sítio, sabe-se lá desde quando, não esperávamos o que encontrámos: um vinho bastante interessante - na aparência com uma cor acastanhada, nariz ligeiramente iodado com notas de caixa de charutos; boca, cheia, final com alguma persistência e ainda com alguma acidez!


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jacó

Este é um bom restaurante num sítio improvável, Linda a Velha.

A comida é maioritariamente portuguesa, com alguns toques africanos e italianos, por via dos donos. Tem uma lista fixa e um conjunto de pratos do dia que vão variando, pelo que vale a pena consultar semanalmante o site. É nestes pratos do dia que se encontram algumas propostas menos vulgares de cozinha portuguesa, como as codornizes com castanhas, o javali estufado ou as iscas com molho de morcela.

A garrafeira aposta em vinhos de gama média e baixa, mas tem escolha suficiente para quem não seja demasiado exigente. A frasqueira pelo contrário é excelente, sobretudo na secção de whisky, a grande paixão do dono.

Vejam o link aqui: www.restaurantejaco.com

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Grenache Tardif - Domaine Ribiera - Languedoc


Foi-nos servido no Astrance em Paris.

Quase jurámos ao sommellier que era um LBV!!

Ele não achou disparatado ...

 
Mais informação:


http://www.vinpur.com/view.php?node=280



Quinta do Poial

Domingo 30 Setembro - visita e almoço na Quinta do Poial























Só fazem agricultura biológica, como se pode ver na entrada, e costumam estar no mercado biológico do Princípe Real.

Tem uma diversidade de pimentos que eu nunca imaginei que houvesse, de todas as cores, tamanhos e feitios.






















 Aqui uns pimentos que ficam cor de beringela (!)












E uma linda flor de courgette ... que, como calculas, também é comestivel.





E se houve surpresas com a variedade imensa de pimentos que são de diversas regiões do mundo, que tal este feijão ? ...



... E vai ficar maior!


Neste Domingo organizaram um almoço cujo mote era o "encontro entre o México e o Japão" e onde estiveram presentes 2 raparigas da embaixada do México e o nosso conhecido chefe TOMO SAN do restaurante japonês de Miraflores, Tomo, que é amigo da dona da Quinta, a Maria José. (Foi o Miguel Pires que nos avisou deste almoço, e claro, também lá estava).

Usaram produtos da quinta, para além de peixe belíssimo preparado de diversas formas (shashimi, frito com um polme fantástico) pelo chefe Tomo.

Por 30 euros valeu muito, muito a pena: visita guiada pela quinta, almoço e no final ...



 ... um cestinho com mimos do poial


Grande diversidade de pimentos e tomates pequeninos (um em forma de cabaça amarela) beringelas (na foto), e ervas diversas, que já cozinhámos de diversas formas - massa penne com legumes salteados (estava óptima), bochecha de vitela estufada com legumes (excelente) e ainda falta cozinhar o que está na foto!

O mais impressionante destes legumes, para além do sabor, são os aromas que têm mesmo depois de cozinhados. E a cor, claro! A massa com os legumes ficou linda, cheia de cores e aromas fabulosos!!

Valeu a pena!!

A estação agronómica de Oeiras e o vinho de Carcavelos

No Sábado dia 29 de Setembro, fomos visitar a Estação Agronómica de Oeiras. 142 ha no meio dos prédios e com vista de mar! Fantástico e inesperado!
É uma equipa nova que está a trabalhar o Vinho de Carcavelos para ver se ele não morre ... É um projecto conjunto do Estado e da Câmara de Oeiras. Vamos a ver se resiste à crise!

A pressão urbanística (como fica bem dizer) deu cabo de uma série de quintas de vinho de Carcavelos que existiam ali, mas isto conseguiu sobreviver e já estão a lançar alguns vinhos num mercado muito restrito, mas têm como objectivo começar agora a lançar de forma mais sistemática. De qualquer modo a produção é pequena - 5000 garrafas de 3 em 3 anos. Mas como o vinho é interessante (algo na linha do Madeira ou do Porto Tawny) acho que vale a pena.

E depois manter um espaço destes no meio de uma zona que todos associamos a prédios, prédios e mais prédios, é muito interessante.


Alguém diz que esta foto é tirada no meio de Oeiras?!!